A trama estava ali. Fora construída a passos curtos, numa
lentidão imprecisa.
Não era uma teia arquitetônica,
escultural. Não, não era.
Era uma trama confusa amarrada por nós apertados e doídos.
Nós que jorravam um líquido denso e amargo.
Nós que jamais seriam desatados e sim convividos.
A trama estava ali, grudada à pele, envolvendo o corpo, prendendo
a alma.
E na mistura desordenada, criou-se uma camuflagem que
escondia os mais perversos dos sentimentos.
Seguiu seu caminho tecendo fios, atando nós, prendendo à
pele, tatuando a alma.
Seguiu o seu caminho na sua condição naturalmente humana.
Humanamente perversa
Humanamente egoísta
Humanamente medíocre
E assim seguiu até o fim de tudo.
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