SEGREDANDO






















Na construção de meus versos assimétricos
- ritmados pelo pulsar de minha essência
que caminha em artérias e veias -
faço do encarnado coração - o porto
- que abriga teu nome/tua imagem.
E quando não aguento mais de saudade
abro meu peito e te deixo fluir lentamente
pela derme que cobre o meu sentir
Fecho os olhos e sinto-te tão perto
e num bailar emocional,
num delírio noturno
desfaleço em urros
num eterno submergir
Na construção de meus versos
assimétricos
confesso: não sei viver sem ti.